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Colapso de mina em Maceió - AL pode acontecer a qualquer momento, alerta Defesa Civil

Foto do escritor: AB Agência BrasilAB Agência Brasil

Emergência em Maceió:

risco de colapso em mina de sal-gema da Braskem preocupa prefeitura


Colapso de mina em Maceió - AL

pode acontecer a qualquer momento, alerta Defesa Civil


BRASKEM

INTERROMPE A EXTRAÇÃO DE SAL-GEMA EM MACEIÓ

E VAI DISCUTIR NA JUSTIÇA INDENIZAÇÕES BILIONÁRIAS


sal-gema o cloreto de sódio, acompanhado de cloreto de potássio e de cloreto de magnésio, que ocorre em jazidas na superfície terrestre. Pertence ao grupo das rochas sedimentares, mais especificamente às rochas sedimentares quimiogénicas, evaporitos, devido a ser formado por reações químicas.

O termo é aplicado ao sal obtido da precipitação química pela evaporação da água (explica a denominação evaporitos, já referida anteriormente) de antigas bacias marinhas em ambientes sedimentares.

Obtenção

O sal-gema forma-se por precipitação de sais de cloreto de sódio (NaCl), com a formação do mineral halite. Ocorre pela evaporação de águas marinhas retidas em zonas de baixa profundidade.

O sal-gema é extraído pelo método de lavra por solução e pelo método de lavra subterrânea convencional.

A denominação sal-gema é empregada para definir a ocorrência de cloreto de sódio (NaCl) contida em estratos sedimentares em subsolo formando camadas contínuas ou domos.

O sal obtido por evaporação direta da água do mar é chamado de sal marinho e é largamente utilizado em países tropicais como o Brasil, onde a evaporação é intensa. Em países mais frios a utilização maior é do sal-gema.

O sal é um composto altamente solúvel, presente nas águas oceânicas na proporção média de 26g/L. Nos mares e lagoas a concentração de sal depende do equilíbrio entre fatores como aporte de águas doces de rios e evaporação, além da injeção de águas marinhas, o que modifica a salinidade.

Utilizações

Modernamente, o sal possui ampla utilização em vários processos químicos e industriais e, por ser o único produto consumido diariamente pela população, foi utilizado pelo governo para suprir a carência de iodo das populações distantes do mar. O sal é utilizado na preparação de alimentos, como complemento na alimentação do gado e curtume de couro, entre outros. Na indústria é utilizado como matéria-prima para obtenção de cloro, ácido clorídrico, soda cáustica, bicarbonato de sódio, nas indústrias de vidro, papel e celulose, produtos de higiene (sabões, detergentes, pasta dental), produtos farmacêuticos, tintas, inseticidas, cola, fertilizantes, corretivos de solos, cosméticos, nas indústrias de porcelana, borracha sintética, no tratamento de óleos vegetais, têxteis, na industria bélica e outras. É utilizado também no tratamento de água e purificação de gases.

A mistura de sal-gema com cloreto de cálcio é muito utilizado no combate ao gelo e à neve nas estradas dos países frios. Em Portugal utiliza-se principalmente nos distritos da Guarda, Vila Real, Bragança e Viseu. Os únicos locais de extração de sal-gema em Portugal localizam-se nas minas de Loulé e em Rio Maior.[1][2]

Outros

O sal-gema não faz reação com ácidos, risco ou traço branco, não tem clivagem e tem brilho não metálico,


A Braskem emitiu um comunicado afirmando que propôs à ANM – Agência Nacional de Mineração, “ a criação de uma área de resguardo no entorno de 15 dos 35 poços que compõem as operações da mina. Com isso, serão desocupados 400 imóveis e removidas 1,5 mil pessoas. A empresa propõe que os demais 20 poços sejam monitorados.” A petroquímica diz não estar assumindo a culpa pelo afundamento, mesmo propondo a remoção das famílias, o fechamento da mina e o monitoramento de áreas de resguardo. Para a empresa, “ não há relação entre o fenômeno geológico e a extração de sal-gema, usado em seu processo industrial.

A decisão foi tomada após dados sonares e da situação dos poços indicarem que seria melhor fazer a ação preventiva, uma vez que a mina está em área urbana.”

A Braskem diz que até o momento, fruto de discussões judiciais, a empresa teve R$ 100 milhões bloqueados e contratou R$ 6,4 bilhões em seguro-garantia para cobrir perdas, caso seja considerada culpada nas ações.

Além das medidas anunciadas, a empresa vem executando uma série de ações na região para tentar diminuir os problemas, como obras de pavimentação e drenagem para recuperar mais de 20 mil m² de ruas e avenidas, doação de equipamentos para Defesa Civil de Maceió e revisão da estrutura das edificações. A empresa afirma que só após a conclusão de estudos geológicos, em elaboração pelo Instituto de Geomecânica de Leipzig (IFG), da Alemanha, no primeiro trimestre de 2020, será possível determinar responsabilidades.

Para lembrar, em fevereiro de 2018, moradores dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, localizados próximos à mina da Braskem, passaram a relatar o surgimento de rachaduras e fissuras em vias e imóveis da região.

Após estudos, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), ligado ao Ministério de Minas e Energia (MME), divulgou em maio deste ano um relatório indicando que os danos estariam associados às atividades de exploração de sal-gema pela petroquímica. A partir daí a empresa foi objeto de três ações judiciais do Ministério Público Estadual, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público Federal em Alagoas com pedidos de indenização aos prejuízos causados aos moradores dos bairros e trabalhadores afetados, além de recursos para execução de programas socioambientais e medidas emergenciais que podem chegar a R$ 40 bilhões.


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